01. A correlação sintática e a Nomenclatura Gramatical Brasileira
Resumo
O presente texto revisita os bastidores da Nomenclatura Gramatical Brasileira (1959, doravante NGB) para resgatar a descrição do período composto. Numa breve incursão da história do pensamento linguístico em torno do período composto, fica evidente o enfoque que recebem as orações coordenadas e subordinadas. Seguindo uma vertente pautada nas categorias dicotômicas da tradição gramatical, em grande medida conduzida pelo estruturalismo, a NGB elege a coordenação e a subordinação como processos únicos de articulação de orações. A justaposição e a correlação, tratadas por poucos autores e manuais de análise sintática, tornaram-se objeto de pouca investigação no cenário descritivo da tradição gramatical. Neste trabalho, a metodologia que pauta a discussão em torno dos processos de conexão de orações é de base qualitativa (por meio da análise de obras da tradição gramatical). Objetiva-se, portanto, abordar os fatores que levaram ao abandono da correlação como estatuto não validado pela NGB.