04. Considerações sobre o multiletramento e os novos desafios na formação do professor
Resumo
Os letramentos, vistos como práticas sociais de uso da leitura e escrita têm oportunizado discussões pertinentes visto que, ainda precisam ser inseridos na formação de professores. A ideia de multiletramento esclarece que as práticas sociais a que os sujeitos ficam expostos nas escolas ou fora delas são as mais variadas, os gêneros textuais que circulam nessas práticas também são diferentes quanto à estrutura, aos objetivos, às expectativas e, consequentemente, quanto à função que realizam. Deste modo, trabalhar leitura e escrita torna-se uma atividade que tem maior sentido quando enfocada nas práticas de letramento da sociedade, pois os alunos passam a se engajar em atividades significativas e diversas das práticas sociais. O interessante é que o aluno aprenda a atuar nas distintas situações sociocomunicativas, não só sabendo ler, mas interagir com seu meio, ou seja, sabendo como ler e produzir os gêneros que realizam essas práticas. Neste sentido, surgem os novos estudos de letramento e multiletramento e com essas, novas concepções, as expectativas dos aprendizes e os conhecimentos trazidos por eles para a sala de aula precisam ser valorizados. Há, portanto, necessidade de mudança frente ao crescente panorama de avanços tecnológicos, responsáveis pelas constantes transformações da sociedade, que têm gerado novas necessidades de aprendizado e que demandam habilidades necessárias para atuação desse docente na atualidade e requer do educador contemporâneo uma postura cada vez mais participativa, reflexiva e exige um novo perfil profissional, um facilitador que seja capaz de atender às demandas dos multiletramentos da sociedade atual. Sendo assim, é relevante uma reflexão acerca dos novos desafios para a formação de professores da educação com foco no conceito de multiletramento. Em vista disso, o presente trabalho tem por objetivo tecer algumas considerações acerca das práticas deste multiletramento pedagógico, das reflexões sobre o papel das aulas e a necessidade de novas práticas e didáticas em uma sociedade globalizada. Para tanto, será necessário que o papel do professor seja de contribuição para um ensino crítico e emancipador.