17. Gramática do Português: uma obra de referência para a lusofonia
Resumo
O crítico e ensaísta português Eduardo Lourenço (falecido em 01 de dezembro de 2020) já discutia, na década de 1990, sobre os conflitos que a designação “lusofonia” trazia de (in)convenientes em relação aos países que têm a língua portuguesa, de alguma forma, difundida em seus territórios. Com um posicionamento muito seguro e sólido a respeito da lusofonia, Lourenço (2001) refere-se ao patrimônio comum aos países lusófonos – a língua – e, assim, posiciona-se: "A lusofonia não é nenhum reino, mesmo encartadamente folclórico. É só – e não é pouco, nem simples – aquela esfera de comunicação e compreensão determinada pelo uso da língua portuguesa com a genealogia que a distingue entre outras línguas românicas e a memória cultural que, consciente ou inconscientemente, a ela se vincula." (LOURENÇO, 2001, p. 176).